Se conheces o prazer, não escatimes o beijo
pois o prazer de amar não comporta medida.
Deixa-te beijar e beija tu depois,
que nos lábios sempre é onde o amor perdura,
Não beijes, não, como o escravo e o crente,
mas como o viandante à fonte oferecida.
Deixa-te beijar - ardente sacrifício -
quanto mais queima mais fiel é o beijo.
Que terias feito se tu morresses antes,
sem mais fruto do que a aragem no rosto?
Deixa-te beijar, e no peito, nas mãos
- amante ou amada - a taça muito alta.
Quando beijes, bebe, o copo sara o medo:
beija no pescoço, o sitio mais formoso.
Deixa-te beijar,
e se ainda te apetece
beija de novo, pois a vida é contada.
Joan Salvat Papasseit in Rosa do Mundo (2001 poemas para o futuro)
(Catalunha 1894-1924)
Foto Google
Carta de apresentação
O SECRETO MILAGRE DA POESIA
Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.
Excerto
in Rosa do Mundo
7 de março de 2012
Joan Salvat-Papasseit: Oficio de Amor
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