Teus
seios pequeninos que em surdina,
pelas
noites de amor, põem-se a cantar,
são
dois pássaros brancos que o luar
pousou
de leve nessa carne fina.
E
sempre que o desejo te alucina,
e
brilha com fulgor no teu olhar,
parece
que seus seios vão voar
dessa
carne cheirosa e purpurina.
Eu,
pare tê-los sempre nesta lida,
quisera,
com meus beijos, desvairado,
poder
vesti-los, através da vida,
para
vê-los febris e excitados,
de
bicos rijos, ávidos, rasgando
a
seda que os trouxesse encarcerados.
Hildo Rangel
(Brasil)
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