8 de novembro de 2011

Ah, o Amor...



Me lembro, ah, se me lembro... Eu lembraria

por mil anos ainda o que sofri;
era angústia, era dor, era agonia,
era... meu Deus! Como sobrevivi?

Ainda ouço a tua voz - cruel e fria -

renegar todo o amor que havia em ti,
ou pelo menos, que eu julguei que havia,
até... aquele instante em que te ouvi.

Depois, depois... E só eu sei o quanto

cego e faminto atropelei meus passos,
e quanta vez me vi no próprio espanto;




só eu sei... Mas voltaste... Ah, a mulher...

Ah, o amor... Fecho os olhos, abro os braços!
... Que seja tudo como Deus quiser!


J G Araujo Jorge
(Brasil  1814-1987)
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