12 de novembro de 2011

Leopoldo Lugones: Lua maliciosa


Com pérfido aparato
de amorosa fadiga
luz seu ouro na intriga
como um olho de gato.

Ó poetas, seu recato

ja passou, ninguém liga;
evitem que consiga
seu fácil celibato.

O doce Shakespeare canta

sua graça de infanta
mas quando une a alma nua

a Julieta infeliz

"Swear not by the moon", diz:
"Não jureis pela lua".

Leopoldo Lugones
(Argentina  1847-1938)
photo by Google

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