16 de novembro de 2011

João Barroso da Fonte: Pausa ao entardecer


Naquela manhã sombria
Com esses olhos chorosos,
Passaste ligeira e fria,
Negando toda a alegria,
Aos meus lábios sequiosos.

Sendo bela como és,
Afectuosa e terna,
Desde o rosto até aos pés
Vi no teu rosto o revés,
Da tua beleza eterna.

Quando tu passas, amor,
Passa a meu lado a candura,
Porque toda a minha dor,
Saudade e desamor,
Vão na tua formosura.

Não vivas triste, anjo meu,
Que a tristeza não faz bem,
Fica a saber que sou teu,
Porque o meu amor nasceu
Só p´ra ti e mais ninguém.

João Barroso da Fonte
(Portugal)
photo by Google 

Sem comentários:

Enviar um comentário