13 de dezembro de 2011

Nesta noite a solidão


Nesta noite a solidão
mergulhou-me na quietude do silêncio
e uma explicação,
que não paro de procurar,
o céu me está a dar.

Estou a ver se compreendo
aquilo que não entendo:

Como podes já não me querer,
se antes tanto me amavas?
como mais feliz poderás ser
do que quando em meus braços estavas?

O leve ruído da brisa
confunde-se com o meu tormento,
como se fosse um soluço
ou um triste lamento…

Mas descubro que é a minha voz
que, com um esforço tremendo
e sem se dar por vencida,
vai suplicando sem parar,
uma e outra vez a ecoar,
o teu nome minha querida.
             
António Mateo Allende 
(Argentina) 

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