26 de fevereiro de 2012

O ventre: Maria Teresa Horta

Repositório do corpo
e taça dos seus líquidos
é o ventre o repouso sobre a cama

Mas é também o acto
e o motivo
ternura lenta que a língua planeia

É a chama do corpo
é susto      é aquilo
é tudo o que  inventar se possa na vontade

Tão depressa mármore
como vidro
tão depressa mar como ansiedade

Maria Teresa Horta in As Palavras do Corpo
(Portugal)

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