15 de dezembro de 2013

Só: Amos Oz
















Uma seta armada num arco esticado: ele lembra-se do contorno
da coxa dela. Adivinha o movimento os seus quadris em direcção a ele.
Contém-se. Salta para fora do saco cama. Enche os pulmões de ar glacial.
Um nevoeiro pálido, de uma transparência leitosa, vai-se arregaçando,
tal uma  camisa de noite fina sobre o flanco da montanha.

                             in O mesmo mar

Amos Oz
Israel 1939


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