13 de fevereiro de 2014

Alvaro Giesta: Flutuando, desces ao meu ventre o seio



Flutuando,
desces ao meu ventre o seio
Cobre-lo de beijos e carícias
e minhas mãos ágeis exploram
as tuas coxas sedentas
penetrando entre elas sem receio

Maviosamente cai a noite entre nós
num aconchego de ausência
e ternura
Profundamente a noite é só nossa
numa simbiose de lucidez
e de loucura

Enlaço as minhas mãos nas tuas
nádegas, e os meus dedos
entre elas, de permeio
E tu nas minhas mãos continuas
um abraço sedento e apertado
e no meu ventre explosivo
a massajar teu seio

Subimos os degraus do nosso céu...
Tu e eu no aproximar do nosso inverno...
Descemos num gesto sublime
único e só
às profundezas do êxtase
sem sombras de qualquer inferno.


Autor: Alvaro Giesta
Portugal » Vila Nova Foz Côa 1950
in EROTIMVS, Impulsos e Apelos
photo by Google

Sem comentários:

Enviar um comentário