10 de fevereiro de 2014

Alvaro Giesta: Os dedos escorregam devagar


Os dedos escorregam
devagar
para o centro
e esfregam e voltam
ao mesmo centro sem cessar

Sorvem-se os lábios em movimentos
lentos
e as línguas cruzam-se
numa dança louca
entrando cada uma na outra boca
fundindo-se numa só
boca, devagar

Ardência em movimento
lento, trepida o corpo
fundido no outro corpo
e a febre engrossa
e cede
o teu rio que alaga em fúria
o nosso mar

Alvaro Giesta
Portugal
in O ventre das palavras 
in Erotimvs Impulsos e Apelos – Colect. Poesia Erótica

photo by Google

Sem comentários:

Enviar um comentário