19 de outubro de 2011

As estrelas errantes: Ramon Campoamor


Quando criança, vendo uma estrela errante,
supus ingenuamente
ser algum anjo que descia amante
a beijar-me e abraçar-me, sorridente.

Jovem já, vi outra estrela que corria;
disse, em minha loucura:
«« Minha estrela do Norte, que me guia
ao prazer, ao amor e à aventura.»»

Vi ontem voar um astro quase extinto,
que até ao chão desceu:

Era a estrela do meu feliz destino
Que, de tão velha, ia a cair ao céu.

Ramon Campoamor
(Espanha 1817-1901)
photo by Google

Sem comentários:

Enviar um comentário