Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

19 de outubro de 2011

As estrelas errantes: Ramon Campoamor


Quando criança, vendo uma estrela errante,
supus ingenuamente
ser algum anjo que descia amante
a beijar-me e abraçar-me, sorridente.

Jovem já, vi outra estrela que corria;
disse, em minha loucura:
«« Minha estrela do Norte, que me guia
ao prazer, ao amor e à aventura.»»

Vi ontem voar um astro quase extinto,
que até ao chão desceu:

Era a estrela do meu feliz destino
Que, de tão velha, ia a cair ao céu.

Ramon Campoamor
(Espanha 1817-1901)
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