Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo:
Não posso fugir de mim.
Com dor, de gente fugira
Antes que esta asi crecesse;
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo
Pois que trago a mim comigo
Tamanho inimigo de mim?
Sá de Miranda
(Portugal 1481-1558)
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