Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

30 de outubro de 2011

Como te amo? : Elizabeth Barrett Browning


Como te amo? Deixa-me contar de quantas maneiras.
Amo-te até ao mais fundo, ao mais amplo e ao
mais alto que a minha vida pode alcançar
buscando, para além do visível os limites do
Ser e da Graça ideal.
Amo-te até às mais ínfimas necessidades de
todos os dias à luz do sol e à luz das velas.
Amo-te com liberdade, enquanto os homens
lutam pela justiça;
Amo-te com pureza, enquanto se afastam da lisonja.
Amo-te com a paixão das minhas velhas mágoas
e com a fé da minha infância.
Amo-te com um amor que me parecia perdido
quando perdi os meus santos – amo-te com
o fôlego, os sorrisos, as lágrimas de toda a
minha vida! – e, se Deus quiser,
amar-te-ei melhor depois da morte.

Elizabeth Barrett Browning
(England 1806-1861)

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