como se tocassem sinos.
levanto a tua cabeça entre os meus dedos e abro
contra o dia os teus cabelos
e, logo, as aves do silêncio levantam voo e dançam
loucas em volta dos teus olhos,
e a tua boca aperta-se
morde
a minha boca
enquanto as minhas mãos vão procurando
nenhum deus à flor da tua pele
por esse caminho branco onde agonizam éguas
vestidas de primavera.
Joaquim Pessoa
Portugal, 1948
in Os Olhos de Isa
Editor: Litexa Editora
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1 comentário:
Lindíssimo poema , voltarei para reler.Grata
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