Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

13 de novembro de 2011

Não te lembras ó menina


Não te lembras ó menina,
daquela noite de verão?
Tu a contar as estrelas
eu as pedrinhas do chão.

Atirei a laranja ao ar,
atirei e não quis subir.
Quem tem amores com Ana
vai ao céu e torna a vir.

Faz Quinta-Feira um ano
que te pus a mão na cinta.
Se ta ponho mais abaixo
estava na minha quinta.


Esse teu peito tem rendas,
esse teu peito rendas tem.
Debaixo dessas rendinhas,
só eu mexo, mais ninguém.

Agora já não se usa
ir pedir a filha ao pai.
Entra-se pela porta adentro:
ó meu sogro ela cá vai.

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