Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

15 de novembro de 2011

Ouvi dizer, meu amor

                                

Ouvi dizer, meu amor,
Mas não sei com que razão,
Que tu tinhas uma flor
No lugar do coração
(António Feijó -Terra Lusa)

Tenho vinte e três namoros,
Contigo são vinte e quatro;
Em chegando ao quarteirão
Vendo-os todos a pataco.
(Cancioneiro Alentejano)

Eu amava-te menina
Se não fosse um senão:
Seres pia de água-benta
Onde todos põem a mão...
(José L.Vasconcelos  - Canções Pop. da Beira)

Aqui tens meu coração
E a chave para o abrir:
Não tenho mais que te dar,
Nem tu mais que me pedir.
(Francisco Lage-Luis  Chaves e Paulo Ferreira
Vida e Arte do Povo Português)

A carta que me mandaste
Abri-a com muito jeito:
Trazia o teu coração;
Caiu-me dentro do peito.
(Fernando C.R. Pereira                                                                  
Cinco cartas de amor em verso)

O mar também é casado,
O mar também tem mulher;
É casado com a areia,
Dá-lhe beijos quando quer.
(João Sarabando - Cancioneiro de Aveiro)

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