Rosa divina que em gentil cultura
és, com a tua fragrante sutileza,
magistério purpúreo da beleza,
alva lição de excelsa formosura;
há em ti como que humana arquitetura,
exemplo de uma ingênua e vã nobreza,
em cujo ser fundiu a natureza
o berço alegre e a triste sepultura.
Altiva em tua pompa presumida,
soberba, a morte afrontas, não te inclinas,
mas logo, desmaiada e emurchecida,
teu ser desfaz-se todo em tristes ruínas!
E assim, com douta morte e fútil vida,
vivendo enganas e morrendo ensinas!
és, com a tua fragrante sutileza,
magistério purpúreo da beleza,
alva lição de excelsa formosura;
há em ti como que humana arquitetura,
exemplo de uma ingênua e vã nobreza,
em cujo ser fundiu a natureza
o berço alegre e a triste sepultura.
Altiva em tua pompa presumida,
soberba, a morte afrontas, não te inclinas,
mas logo, desmaiada e emurchecida,
teu ser desfaz-se todo em tristes ruínas!
E assim, com douta morte e fútil vida,
vivendo enganas e morrendo ensinas!
Soror Juana Inés de La Cruz
(México - 1651-1695)
(México - 1651-1695)
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