Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

15 de novembro de 2011

Os olhos dos namorados


Os olhos dos namorados 

Têm um certo não sei de quê
Que serve de subscrito
À carta que ninguém lê.
(Antologia da Terra Portuguesa)

Eu quero-te tanto, tanto,
Que não sei onde te meta…
Meto-te no coração,
Na derradeira gaveta.

Ó meu amor, não vás hoje,
Que amanhã também é dia,
Deixa ficar os teus olhos
Para a minha companhia.

Ómeu amor se tu fores,
Leva-me na tua alminha,
Que eu sou como a borboleta
Onde quer, vou metidinha.
(Arlindo Sousa – Cancioneiro
de Entre o Douro e Mondego)

Cobre-se a lua de pranto
Quando te pões à janela;
Não há-de a lua chorar
Se és mais bonita do que ela?
(João Sarabando – Cancioneiro de Aveiro)

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