Ah, queima-las não pude... É que elas - quem diria?
guardam murchas assim tua morta paixão
- a febre de uma noite, as lágrimas de um dia -
como o eco já sem voz de uma ultima canção.
Tuas cartas! - num tempo a que eu retornaria –
fizeram palpitar de amor meu coração...
Depois, veio o silêncio, a distância, a agonia,
e o bálsamo do tempo - a cruel consolação!
Vivem nelas ainda um romance apagado,
a luz da mocidade, o fogo de um passado,
a gloria de uma vida aos vinte anos em flor...
Ontem, contava-as, sim - com um gesto indiferente...
Mas sobre elas caiu uma lágrima ardente ...
... E não pude queimar tuas cartas de amor...
guardam murchas assim tua morta paixão
- a febre de uma noite, as lágrimas de um dia -
como o eco já sem voz de uma ultima canção.
Tuas cartas! - num tempo a que eu retornaria –
fizeram palpitar de amor meu coração...
Depois, veio o silêncio, a distância, a agonia,
e o bálsamo do tempo - a cruel consolação!
Vivem nelas ainda um romance apagado,
a luz da mocidade, o fogo de um passado,
a gloria de uma vida aos vinte anos em flor...
Ontem, contava-as, sim - com um gesto indiferente...
Mas sobre elas caiu uma lágrima ardente ...
... E não pude queimar tuas cartas de amor...
Hector Pedro Blomberg
(Argentina – 1889-1955 )
Photo by Google(Argentina – 1889-1955 )
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