Mesmo agora se a visse de novo
A essa rapariga de olhos de lótus
O corpo soçobrando devido ao peso dos seios
Estreitá-la-ia entre os meus braços
E beberia da sua boca como um louco
Como uma abelha insaciável sugando uma flor
Anónimo
India antiga
Séc. IV a. c.
Carta de apresentação
O SECRETO MILAGRE DA POESIA
Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.
Excerto
in Rosa do Mundo
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