a sulcos feita
a partir da cintura
memória da boca
dos ombros
da tua mansa língua que caminha
A abrir-se devagar
a pouco
e pouco
Lugar onde a seda
se eterniza
piscina onde o tempo se desmancha
A anca repousada
que inclinas
as pernas retesadas que levantas
Mas logo estão os lábios
e se adormentam
no retomar da pele da saliva
A penetrar-me sem pressa
e mais sedento
o vínculo os corpos a vastidão do tempo
Maria Teresa Horta in As Palavras do Corpo
(Portugal)
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