17 de novembro de 2011

Quando sinto de noite: António Osório


Quando sinto de noite
o teu calor dormente
e devagar
para que não despertes
digo: cedro azul,
terra vegetal,
ou só
amor, amor;
quando te acaricio
e devagar
para que não despertes
tomo na mão direita
as duas fontes, iguais, da vida,
procuro a nascente
adormeço
nela essa mão depositando.

António Osório
(Portugal 1933)
photo by Google

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