amo-a!
e ela se compraz com o meu tormento.
é lua sobre o ramo
ou sobre duna erguida.
sobre tal beleza o que mais dizer?
seria inútil...
ela cuja amizade era alegria
deixou-me somente a via da renúncia,
era néctar, ei-la veneno.
a quem deixou de nos querer
a nossa morada não lhe apraz
e ao afastamento tem direito.
quando um homem não é apreciado,
e a alma não se sente, é cego ou louco
apenas do sábio o provérbio fala
e só de censura nos vem sabedoria.
Ibn 'Abd Al-Barr
(Luso-Árabe Séc. X
in Adalberto Alves
"O meu coração é Árabe"
Sem comentários:
Enviar um comentário