Prometo amar-te até ao limite, beijar-te até à última
fronteira, correr quando bastava andar, saltar quando bastava correr, voar
quando bastava saltar. Prometo abraçar-te com o interior dos ossos,
percorrer-te a carne com a fome absoluta, e ir à procura do orgasmo todos os
dias, a toda a hora, encontrar a felicidade no doce absurdo que nos soubermos
destinar. Prometo falhar. Sem hesitar. Prometo ser humano, aqui e ali ser
incoerente, aqui e ali dizer a palavra errada, a frase errada, até o texto
errado, aqui e ali agir sem pensar, para que raios serve pensar quando te amo
tão desalmadamente assim? Prometo compreender, prometo querer, prometo
acreditar. Prometo insistir, prometo lutar, descobrir, aprender, ensinar. Tudo
para te dizer que prometo falhar.
E Deus te livre de não me prometeres o mesmo.
Pedro Chagas Freitas
Portugal, Azurém-Guimarães 1979
in “Prometo Falhar”
Editor: Marcador
photo by
Google
Sem comentários:
Enviar um comentário