
o rubor do teu rosto seria a recompensa;
São palavras tão íntimas como a minha própria carne
que padece a dor da tua implacável lembrança
Conto-te Sim? Não te vingarás um dia? Digo-me:
Beijaria essa boca lentamente até a tornar vermelha
no momento mais inesperado e como por acaso
o toca com esse fervor que inspira o sagrado
Não sou malvado. Trato de te enamorar
Tento ser sincero com o doente que estou e entrar
no malefício do teu corpo como um rio que receia o mar
mas acaba por morrer nele.
Raúl Gómez Jattin (Colômbia 1945-1997)
in Um país que sonha "Cem anos poesia colombiana"
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