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É já com tal rigor minha
homicida,
Que será se passar de ser
temida
A ser, como temida, averiguada?
Se só por ser de mim tão
receada,
Com dura execução me tira a
vida,
Que fará se chegar a ser
sabida?
Que fará se passar de
suspeitada?
Porém se já me mata, sendo
incerta,
Somente imaginá-la e
presumi-la,
Claro está (pois da vida o fio
corta),
Que me fará depois, quando for
certa:
– Ou tornar a viver, para
senti-la,
Ou senti-la também depois de
morta.
Soror Violante do Céu
(Portugal 1602-1693)
in Os dias do Amor
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