
e rios densos de pavor
de tuas pernas devassadas
por meu instinto e meu amor.
Em teus joelhos levantados
tocam as pontas de uma estrela.
(Quaisquer receios de pecados
empalidecem à luz dela...)
E as tuas ancas repousadas,
para que o meu corpo se concentre,
esperam, cativas --, que as espadas
de amor se cravem no teu ventre.
David
Mourão-Ferreira
Portugal
(Lisboa) 1927-1996
in
Obra Poética
Editor:
Editorial Presença
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