
quando
o radioso Abril, ao sol voando,
em
cor e luz, a plenas mãos, cantando,
nova
alegria entorna pela esfera...
No
viridente bosque até dissera
o
pesado Saturno ver folgando...
Porém
nem cor vistosa ou cheiro brando
lograram
incender minha quimera.
A
brancura dos lírios, não a vi...
O
vermelhão das rosas, desmaiava...
Eram
fantasmas só: ao pé de ti
─ o seu modelo - quanto lhes faltava!
Par'cia inverno; e eu, a viva alfombra,
só pude imaginá-la a tua sombra.
William Shakespeare
Reino Unido, 1564-1616
Trad. Luiz Cardim
in
Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro
Editor:
Assirio & Alvim
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