
Ausência,
vamos! nunca esperes
desfazer este laço
pondo entre nós o espaço…
Podes
teimar quando quiseres:
aos corações de boa liga,
A
ausência os prende, o Tempo os liga
Dama
tão nobre, quem-na alcança
tem logo a convicção
que o poder da afeição
vence a lonjura e a tardança.
Dois
corações enamorados
juntinhos são, mesmo afastados…
E
há lados bons em estar ausente
ao meu peito a prender,
sem ninguém mais a ver,
nalgum recôndito da mente…
Ali
a abraço, ali a beijo,
e em sonho iludo o meu desejo.
Anónimo
Reino
Unido, Séc. XVI
Trad.
Luiz Cardim
in
Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro
Editor:
Assirio & Alvim
photo
by Google
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