Por entre os sons dos orgãos soluçantes
Sobem nas catedrais os neblinantes
.jpg)
Rolos d'incensos alvadios, finos
E transparentes, fúlgidos, radiantes,
Que elevam-se aos espaços, ondulantes,
Em quimeras e sonhos diamantinos.
Relembrando turíbulos de prata
Incensos aromáticos desata
Teu corpo ebúrneo, de sedosos flancos.
Claros incensos imortais que exalam,
Que lânguidas e límpidas trescalam
As luas virgens dos teus seios brancos.
Cruz e Sousa
(Brasil 1861-1898)
Sem comentários:
Enviar um comentário