fugisse à sombra do teu amor distante.
Já não te amava, e contudo o beijo
de uma repulsa nos uniu num instante…
Acre prazer tornou-me seu possesso,
crispou-me a face, mudou meu semblante.
Já não te amava e turbei-me, não distante,
qual virgem num bosque espesso.
E já perdida para sempre, ao ver-te
amanhecer sob o eterno luto,
- mudo o amor, o coração inerte -,
atroz, esquivo, rigoroso, hisurto…
Jamais vivi como naquela morte,
jamais te amei como num tal minuto!
Emily Bronte
(England 1875-1910)
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