
Leve,
aparece na dança –
e
ninguém lhe sabe o nome.
Vai
e vem entre os seus peitos
um
amuleto de prata.
Mergulha
fundo na dança.
Tilintam
em seus artelhos
Muitas
argolas de prata.
-
Foi por ela que vendi
um
pomar de macieiras.
Ela
cai dentro da dança,
e
abrem-se ao meio os cabelos.
-
Foi por ela que vendi
o
meu olival antigo.
Vai
até ao centro da dança.
Cintila,
vivo, um colar.
-
Foi por ela que vendi
o
meu campo de figueiras.
E
no coração da dança
todo
um sorriso enflora.
-
Foi por ela que vendi
um
milhão de laranjeiras.
Argélia
Séc.
XVII?
Trad.
Herberto Helder
in
Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro
Editor:
Assirio & Alvim
Photo
by Google
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