Flutuando,
desces ao meu ventre o seio
Cobre-lo de beijos e carícias
e minhas mãos ágeis exploram
as tuas coxas sedentas
penetrando entre elas sem receio
Maviosamente cai a noite entre nós
num aconchego de ausência
e ternura
Profundamente a noite é só nossa
numa simbiose de lucidez
e de loucura
Enlaço as minhas mãos nas tuas
nádegas, e os meus dedos
entre elas, de permeio
E tu nas minhas mãos continuas
um abraço sedento e apertado
e no meu ventre explosivo
a massajar teu seio
Subimos os degraus do nosso céu...
Tu e eu no aproximar do nosso inverno...
Descemos num gesto sublime
único e só
às profundezas do êxtase
sem sombras de qualquer inferno.
Autor: Alvaro Giesta
Portugal » Vila Nova Foz Côa 1950
in EROTIMVS, Impulsos e Apelos
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