
meus olhos, indulgentes pra seus danos,
pagarem bem teu injusto tributo.
Não quero agora eu, de rosto enxuto,
são e livre, contar meus desenganos,
nem por alegres e agradáveis panos
trocar teu triste e aflitivo luto.
Em pranto e em dor preso e carregado
com teus antigos ferros, a jornada
quero acabar desta cansada vida...
Mas não me dês, Amor, novo cuidado,
nem penses que pod´rá nova ferida
quebrar a fé que nunca foi vergada.
Francisco Figueiroa
(Espanha 1530-1589)
in Antologia da Poesia Espanhola
Siglo de Oro (Renascimento)
Tradução: José Bento
Editor: Assirio & Alvim
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