
Quando à cara te subia o calor
eu dizia não faz mal tu és mesmo assim,
não te envergonhes meu coração tambor.
E quando o teu calor descia outra vez
até ao ponto fundamental que mais interessa
dava graças a Deus que fosses lava.
Quatro vezes seguidas gritava amor
enquanto esperava que nada tivesse fim,
faz de nós quatro pernas, meu coração tambor.
O teu calor me aquecia, português
mal acabavas ficavas logo com pressa
de voltar a atear o fogo que nos desagrava.
Hélder Moura Pereira
Portugal 1949
in A tua cara não me é estranha
Editor: Assírio & Alvim
Editor: Assírio & Alvim
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