
Brindemos à glória potente.
passas-me, por favor, o pente?
Vou fingir que sou das marés vivas.
Orgasmos que começam na ponta
dos pés e desabam nos últimos cabelos
da tua cabeça tonta.
Será que convém tê-los?
Tanta vez querendo, é normal.
Se nos fartarmos não faz mal.
O mal dos outros não é o nosso mal.
Estás com febre e eu ponho-te um pano
na testa e nos olhos. Amor sonhado,
podes ser quem quiseres todo o ano
e falar ao jantar enquanto eu como calado.
Hélder Moura Pereira
Portugal 1949
in A tua cara não me é estranha – Assírio
& Alvim
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