Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

22 de março de 2015

Maria Teresa Horta: Apertei mais a tua mão



Apertei mais a tua mão presa na minha e
senti-te subitamente longe. Dobrei mais ainda
os dedos sobre os teus quase fincando as unhas,
sentindo a pele quente, os dedos compridos,
firmes, toda a tua mão como que todo o teu
corpo. A saudade, a distância do teu corpo, a
distância da tua mão ali na minha.

(…)


Maria Teresa Horta
Portugal (Lisboa) 1937
in Ambas as mãos sobre o corpo
Editor: Publicações D. Quixote
photo by Google

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