o relógio é o coração do tempo
pulsando.
Som metálico incessante,
do átimo que passa,
eis a cadência marcial
para o nada.
Belo é o fluir da vida
o desabrochar da flor
pletora da luz
ao despontar de sóis.
No ventre da vida
germina a morte
silente, constante
lâmina cortante do tempo.
Pudéssemos parar o coração das
eras!
O nosso instante ― eterno.
O nosso amor ― perene.
Ah! Maldito relógio
consciência do efémero
por que não cessas de bater
o ritmo monótono monocorde
do minuto que passa?
Deixe-me ficar no instante
― minha eternidade.
Aluysio Mendonça Sampaio
Brasil; Sergipe 1926
São Paulo 2008
photo by google
Sem comentários:
Enviar um comentário