dos
nossos lábios aproximaste
o
ouvido; nunca
ao
nosso ouvido encostaste os lábios;
és
o silencio,
o
duro espesso impenetrável
silêncio
sem figura.
Escutamos,
bebemos o silencio
Nas
próprias mãos
E
nada nos une
-
nem sequer sabemos se tens nome.
Eugénio
de Andrade
(Portugal
1923-2005)
In
Poesia
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