que tudo cansa em tão nociva ausência.
Mas, que direito a dares-me clemência,
se me falta o sofrer de arrependido?
Porém, Senhor,
em peito tão rendido
algo descobrirás de suficiência
que te obrigue a curar como doença
quanto me obstino, o erro cometido.
Tua esta
conversão, pra que ma dês;
teu é, Senhor, o plano e teu o meio
de me conhecer ou eu conhecer-te.
Aplica no meu
mal, por quem Tu és,
teu alto bem, com que me remedeio,
de sangue, vida e morte, para eu ver-te.
Baltazar del Alcazar
Espanha (Sevilha) 1530-1606
in” Antologia da Poesia Espanhola
Siglo de Oro – 1ºvol. Renascimento”
Tradução: José Bento
Tradução: José Bento
Editor: Assirio & Alvim
photo by Tutt’ Art
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