Carta de apresentação
O SECRETO MILAGRE DA POESIA
Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.
Excerto
in Rosa do Mundo
13 de janeiro de 2015
Eugénio de Andrade: A Mão
A mão
que no fundo da noite chama,
num sopro mais ligeiro
que o desejo
ou o cheiro
do feno quente ainda
da última gota de água,
a mão
esquece a árvore onde fez ninho
e vai pousar
entre o frio dos joelhos
devagar.
Eugénio de Andrade
Portugal(Castelo Branco) 1923-2005
in Obscuro Domínio
Editor: Assirio &Alvim
photo b google
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