Deusa nua e perfeita
Que incendeias a carne e a ressuscitas,
Que tornas viva, activa, insatisfeita,
No final da colheita,
A matriz corroída que visitas:
Vem outra vez ao triste acampamento
Destes pobres mortais!
Vem, nesse primaveril deslumbramento,
Trazida pela bruma e pelo vento
Da morada das fontes naturais!
Miguel Torga
Portugal (Vila Real) 1907-1995
in Libertação
Editor: Coimbra Editora
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