
Também um labirinto eu construí
Na vida sempre cheia de surpresas
E, nessa confusão só de incertezas,
Eu, descuidada, eu louca, me perdi.
Qual Dédalo sagaz julguei em ti
Achar para saída com defesas,
Mas asas não fizeste, porque acesas
Sentias essas chamas em que ardi.
No labirinto, pois, eu fui vivendo,
Os anos ansiosos decorrendo,
Perdida nos caminhos, sem um Norte.
Tentava em pensamento essa magia
De um bem que sempre efémero fugia
De mim, infeliz vítima da sorte!
Lilás Carriço
Brasil (Manaus)
Portugal (Moimenta da Beira)
in No Labirinto da Vida
Editor: Porto Editora
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