
Do beijo fica um sabor,
do sabor uma lembrança,
um vento leve, uma espuma.
Do beijo fica um sereno
olhar, o amor de coisas
minúsculas e humildes,
um pássaro que vai e vem
da nossa boca às palavras.
Do beijo fica, suprema,
a descoberta da morte.
Um vento leve, uma espuma
salgada à flor dos lábios
Fernando Assis Pacheco
Portugal 1937-1995
in A Musa Irregular
Editor: Assirio & Alvim
photo by Google
1 comentário:
Bonito poema. Gosto muito da poesia de Antonio Gamoneda. Gosto deste seu trabalho no blog. Muito interessante na escolha dos poemas, das fotos e de tudo resto. Parabéns e bom trabalho.
Enviar um comentário