Contemplei a tua lua naquela noite
e obtive a tua fertilidade
em tempo de secura.
Ah, quando a nuvem do teu afecto regava o meu
pátio,
e o fazia prosperar,
e a terra do meu jardim estremecia!
E, por uma conduta que mudou a minha conduta;
sem dúvida, se não fosse pelas tuas faces
que deslizam sobre mim
tal como a água sobre o verde ramo,
não juntaria o pássaro do amor à árvore do
ódio,
e não protegeria o elogio
da rubra reprimenda.
Mas aludirei ao desdém mencionando a
lealdade,
e contentar-me-ei com a lonjura depois de ter
estado
perto, e se me chegasse um vento gelado do
teu céu,
exclamaria “Ó frescor da brisa sobre o meu
coração!”
Ibn “Ammar
(Al-Ândalus 1031-1086)
in Os dias do Amor
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