Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

30 de junho de 2013

Sim, Júlia, querida Júlia: António Feliciano de Castilho






















(…)
Sim, Júlia, querida Júlia;
Ah! pudesse o meu amor
Dar-te da sua violência
Uma prova inda maior!
Atravessar por desertos
A extensão da imensidade;
Passar mil séculos juntos
No meio da tempestade;
Fender todo inteiro a nado
De fogo um mar infinito;
-Júlia, eu te amo, eu te amo, ó Júlia
Ninguém me ouvira outro grito.


António Feliciano de Castilho
Portugal 1800-1875
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