Se é assim que desejas,
se for assim do teu gosto,
cessarei de cantar!
Se com isso agitar
teu coração,
do meu olhar o triste brilho
desviarei do teu rosto...
e se eu, de súbito te assustar
no teu passeio despreocupado,
afastar-me-ei do teu lado
e tomarei outro brilho...
Se eu te embaraçar – ai de mim –
quando teceres as tuas flores,
flor encantada,
esquivar-me-ei do teu
solitário jardim
e da tua doce imagem...
E se eu tornar a água turva
e agitada,
jamais remarei a minha barca
para a tua margem...
Rabindranath Tagore
Índia, Calcutá 1861-1941
Trad. Victor de Sá Coelho
in Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro
Editor: Assirio & Alvim
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