Basta
o amor. Embora o mundo se esteja a esvair
E
os bosques sem voz mais que a voz do queixume,
Embora
o céu tão escuro não deixe os baços olhos descobrir
As
giestas e boninas belas a florir em baixo dele,
E
os montes se tomem por sombras e negro assombro do mar,
E
este dia corra um véu sobre todos os feitos passados,
Nem
assim lhe irão tremer as mãos, os pés tropeçar;
O
vazio não cansará, nem o medo mudará
Estes
lábios e estes olhos do amado e do amante.
William
Morris
Reino
Unido 1834-1896
Trad. Helena Barbas
in Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro
Editor: Assirio & Alvim
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