Carta de apresentação


O SECRETO MILAGRE DA POESIA

Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.

Excerto

in Rosa do Mundo

23 de dezembro de 2011

Ainda que eu fale todas as línguas do mundo



Ainda que eu fale todas as línguas do mundo, se me faltar o amor, sou como um bronze que soa ou como um sino que toca.
Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha uma grande fé, capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens para alimentar os pobres e entregue o meu corpo ás chamas, se me faltar o amor, de nada me serve. O amor é paciente, é prestável; o amor não é invejoso, não é arrogante, não é orgulhoso, não age com baixeza, não procura o seu próprio interesse. O amor não se deixa levar pela ira; esquece e perdoa as ofensas. Nunca se alegra com a injustiça e rejubila sempre com a verdade. O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera tudo suporta. O amor jamais passará. As profecias terão o seu fim, o dom das línguas terminará e a ciência será inútil, porque a nossa ciência é imperfeita e as nossas profecias limitadas. Mas quando vier o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá. Quando era como criança, falava como criança, sentia como criança, pensava como criança, mas, quando me tornei homem, deixei o que era próprio de criança.
Da mesma forma, agora vemos como por um espelho, de maneira difusa, mas depois veremos tudo face a face. Assim, agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança, e o amor. Mas a maior de todas é  O Amor.

SANTO DE TARSO

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